Formação docente, diferença(s) e diversidade(s)

Palavras-chave: Formação docente, diversidade(s), diferença(s)

Resumo

As políticas educacionais no campo da formação inicial e continuada/permanente de professores/as, tanto na sua formulação quanto na sua implementação e execução, têm sido conduzidas por modelos homogeneizantes, produzindo, performaticamente, uma falsa democratização do conhecimento. Essa perspectiva tem distanciado da formação os conhecimentos produzidos nas/das/com as práticas cotidianas, dificultando a produção de redes de saberes e fazeres, reduzindo assim, o direito à/s diferença/s e/ou diversidade/s. Atualmente estamos vivendo o retorno dos processos de padronização e normalização das políticas de formação de professores/as, fortemente marcado, não só pelo cunho mercadológico e meritocrático, mas também por discursos conservadores, machistas, racistas, homofóbicos e misóginos.  Em busca de movimentos outros, este dossiê apresenta argumentações produzidas por pesquisadores/as de diversas correntes teóricas e diferentes instituições, problematizando a formação inicial e continuada/permanente de professores/as na perspectiva da diferença e/ou da diversidade. Reúne debates, reflexões e proposições acerca da formação de professores/as em diferentes contextos, tais como nas/com as práticas cotidianas nas/com as escolas e na cultura, nas/com os processos formais nas/com as universidades e secretarias de educação, em conjunto com movimentos sociais e ONGs, entre outros espaços-tempos formativos. Busca destacar narrativas e experiências que rompam com discursos cristalizados e hegemônicos, que pensam a formação como formatação da docência e da vida, questionando a ideia de currículo único e formação única na contingência das políticas educacionais atuais. Aposta nos processos de formação continuada/permanente de professores/as como aprendizagens inventivas, movimentos inclusivos e de resistência à padronização da educação e aos mecanismos excludentes da pauta extremista e fundamentalista do neoliberalismo.

 

Biografia do Autor

Fábio Luiz Alves de Amorim, SEE ES

Graduado em Pedagogia, especialista em Supervisão Escolar, Mestre e Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é Pedagogo na Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo e coordenador e professor no curso de Pedagogia da Faculdade Estácio de Sá/Vitória -ES. É Diretor de Comunicação da ANFOPE - Biênio 2021-2023 e membro do Conselho Fiscal da ABDC (Associação Brasileira de Currículo) - Biênio 2021-2023. É membro no Fórum Estadual de Educação e do Fórum Estadual Permanente de Apoio a Formação Docente - FEPAD, do Espírito Santo. Pesquisador do Grupo de pesquisa Com-Versações com a Filosofia da Diferença em Currículos e Formação de Professores/UFES e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais (Nepe/UFES).

 

Maria da Conceição Silva Soares, UERJ

Professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, na Faculdade de Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação - PROPED. Graduada em Comunicação Social pela PUC-Rio (1978) e em Ciências Sociais pela UFRJ (1985). Doutora (2008) e Mestre (2003) em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, possui pós-doutorado em Educação e Imagem na UERJ. Pesquisadora do Laboratório Educação e Imagem. É Procientista (UERJ) e Cientista Nosso Estado (FAPERJ). Atuou como consultora da Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo, como especialista em Sociologia na reformulação dos currículos do Ensino Médio. É líder do Grupo de Pesquisa CNPq Currículos, Narrativas Audiovisuais e Diferença.

Publicado
12-01-2022
Seção
Dossiê “Formação em Educação Física no Brasil: realidade, contradições e possibi