LITERATURA DE CORDEL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
de repente juntos no processo de letramento
Resumo
Este artigo originou-se de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo investigar o uso da Literatura de Cordel oriunda da educação popular como instrumento didático na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Buscamos também averiguar a relevância dessa literatura no processo de ensino-aprendizagem e a sua contribuição para a formação de alunos leitores, capazes de interagir com os debates realizados no espaço educativo. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, visando a compreensão da realidade em estudo, a partir da prática dos docentes. Valemo-nos da aplicação do questionário e Grupo Focal como instrumentos de coleta de dados. O campo da pesquisa - Escola Municipal Tobias Barreto – situa-se no município de Vitória da Conquista – Ba. A pesquisa desenvolvida nos permitiu compreender que a Literatura de Cordel pode se tornar uma grande aliada nesse processo, por valorizar as culturas e experiências que permeiam o cotidiano destes alunos, que muitas vezes passam despercebidas pelos nossos sistemas educacionais.
Referências
ARAÚJO, P. C.A. A cultura dos Cordéis: territórios de tessitura de saberes. 2007, 234 p. Tese de Doutorado (Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal da Paraíba, 2007.
ARROYO, M. G. Educação de Jovens e Adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, M. A.; GOMES, N. L. (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 19-50.
ARROYO, M. G. Educação básica de Jovens e Adultos. Escola Plural, Secretaria Municipal de Educação, Belo Horizonte, 1996. 60 p.
BAKHTIN, M. M. Problemas da poética de Dostoievski. Traduzido do russo por Paulo Bezerra. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. 256 p.
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão; revisão de tradução de Marina Appenzeller. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 230 p.
BEISIEGEL, C. A educação de jovens e adultos analfabetos no Brasil. Alfabetização e Cidadania, São Paulo, n. 16, p. 19-27, jul. 2003.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação Popular na Escola Cidadã. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 52 p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 35. ed. Brasília: Edições Câmara, 2012. Disponível em: Acesso em: 05/11/2019.
BRASIL. Senado Federal. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 06//11/2019.
BRASIL. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. DOU de 28.4.1999. Brasília, 1999.
BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2017.
CARVALHO, M. M. P. "Cultura Popular". In Perfil Cultural e Artístico do Maranhão. 2006. Disponível em: http://www.perfilcultural.com.br Acesso em: 05/11/2019.
CASCUDO, L. da C. Literatura oral no Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1952. 83 p.
CASCUDO, L. da C. Literatura oral no Brasil. 2. ed. São Paulo: Global, 2006. 318 p.
EAGLETON, Terry. A idéia de cultura. São Paulo: Editora UNESP. 2000. 204 p.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. 132 p.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 184 p.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 186 p.
FÁVERO, O. (Org.). Cultura popular, educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Graal, 1983. 283 p.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 2000.
GADOTTI, Moacir; BRANDÃO, José (orgs.). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. 9. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2007. (Guia da Escola Cidadã; v, 5).
GALVÃO, Ana Maria de O. Cordel: leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. 239 p.
GARCIA, Pedro B. Saber popular e Educação Popular. Cadernos de Educação Popular. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1983. 76 p.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 197 p.
KEMMIS, S .; MCTAGGART, R. O pesquisador em ação. Geelong: Deakin University Press, 1990. 123 p.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez ,1998. 356 p.
MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012. 168 p.
MATÊNCIO, M.de. Leitura e produção de textos e a escola. Campinas. S.P: Loyola. 2005. 154 p.
MARX, K. Cultura, arte e literatura: textos escolhidos. São Paulo: Expressão Popular, 2010. 245 p.
PAIVA, V. Educação popular e educação de adultos: contribuição à história da educação brasileira. São Paulo: Loyola, 2006.
ROJO, R. Letramento escolar, oralidade e escrita em sala de aula: Diferentes modalidades ou gêneros do discurso? In: I. Signorini (org.) Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento, pp. 51-74. Campinas: Mercado de Letras. 2006.
SAVIANI, D. Pedagogia Historio-crítica. Campinas, São Paulo : Atores associados 2003. 137 p.
SEBILLOT, P. Littérature orale de la Haute-bretagne. J. MaisonNNueve, Libraire Edutheur. 1981. 321 p.
SOUSA, G. dos S. Literatura de Cordel e Educação de Jovens e Adultos: a cultura popular na perspectiva de valorização dos saberes dos educandos. Dissertação de Mestrado. 2019. 163p. Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. 2019.
TFOUNI, L. Letramento e alfabetização. São Paulo, Cortez,1995. 103 p.
VALE, Ana Maria. Educação Popular na Escola Pública. 4ª Ed. São Paulo, Cortez, 2001. 111 p.
VIGOTSKY, L. S. A Formação Social da mente. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 140 p.
WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade. Tradução de Leônidas H. B. Hegenberg, Octany Silveira da Mota e Anísio Teixeira. São Paulo: Editora Nacional, 1993. 345 p.
ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Trad. de Jerusa Pires Ferreira [et al.]. São Paulo: Hucitec, 1997. 118 p.
DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
Ao submeterem originais à RTPS, o(a) autor(a) ou autores manifestam concordância com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à RTPS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).