LITERATURA DE CORDEL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

de repente juntos no processo de letramento

Palavras-chave: Educação Popular, Educação de Jovens e Adultoss, Literatura de Cordel

Resumo

Este artigo originou-se de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo investigar o uso da Literatura de Cordel oriunda da educação popular como instrumento didático na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Buscamos também averiguar a relevância dessa literatura no processo de ensino-aprendizagem e a sua contribuição para a formação de alunos leitores, capazes de interagir com os debates realizados no espaço educativo. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, visando a compreensão da realidade em estudo, a partir da prática dos docentes. Valemo-nos da aplicação do questionário e Grupo Focal como instrumentos de coleta de dados. O campo da pesquisa - Escola Municipal Tobias Barreto – situa-se no município de Vitória da Conquista – Ba. A pesquisa desenvolvida nos permitiu compreender que a Literatura de Cordel pode se tornar uma grande aliada nesse processo, por valorizar as culturas e experiências que permeiam o cotidiano destes alunos, que muitas vezes passam despercebidas pelos nossos sistemas educacionais.

Biografia do Autor

Gilvan dos Santos Sousa, Secretaria Municipal de Educação de Vitória da Conquista/BA, Brasil

Mestre em Educação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Atua como professor de Educação Básica na Secretaria Municipal de Educação de Vitoria da Conquista (BA). Atuou também como supervisor do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), na modalidade PRONATEC prisional/EJA.

Arlete Ramos dos Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com Pós-Doutorado em Movimentos Sociais e Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Atua como Professora Adjunta do Departamento de Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (DCHEL) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), onde integra o quadro docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UESB). Também é integrante do quadro docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Básica da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É Coordenadora do Colegiado do Curso de Especialização Lato Sensu em Educação do Campo, além de fazer parte do Colegiado Estadual do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA)

Referências

ABREU, M. M. A relação entre Estado e a sociedade civil – a questão dos Conselhos de Direitos e a participação do Serviço Social. Serviço Social & Movimento Social, São Luís: EDUFMA, v.1, n.1, p. 61-76, 1999.

ARAÚJO, P. C.A. A cultura dos Cordéis: territórios de tessitura de saberes. 2007, 234 p. Tese de Doutorado (Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal da Paraíba, 2007.

ARROYO, M. G. Educação de Jovens e Adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, M. A.; GOMES, N. L. (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 19-50.

ARROYO, M. G. Educação básica de Jovens e Adultos. Escola Plural, Secretaria Municipal de Educação, Belo Horizonte, 1996. 60 p.

BAKHTIN, M. M. Problemas da poética de Dostoievski. Traduzido do russo por Paulo Bezerra. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997. 256 p.

BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão; revisão de tradução de Marina Appenzeller. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 230 p.

BEISIEGEL, C. A educação de jovens e adultos analfabetos no Brasil. Alfabetização e Cidadania, São Paulo, n. 16, p. 19-27, jul. 2003.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação Popular na Escola Cidadã. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 52 p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 35. ed. Brasília: Edições Câmara, 2012. Disponível em: Acesso em: 05/11/2019.

BRASIL. Senado Federal. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 06//11/2019.

BRASIL. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. DOU de 28.4.1999. Brasília, 1999.

BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, 2017.

CARVALHO, M. M. P. "Cultura Popular". In Perfil Cultural e Artístico do Maranhão. 2006. Disponível em: http://www.perfilcultural.com.br Acesso em: 05/11/2019.

CASCUDO, L. da C. Literatura oral no Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1952. 83 p.

CASCUDO, L. da C. Literatura oral no Brasil. 2. ed. São Paulo: Global, 2006. 318 p.

EAGLETON, Terry. A idéia de cultura. São Paulo: Editora UNESP. 2000. 204 p.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. 132 p.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 184 p.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 186 p.

FÁVERO, O. (Org.). Cultura popular, educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Graal, 1983. 283 p.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 2000.

GADOTTI, Moacir; BRANDÃO, José (orgs.). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. 9. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2007. (Guia da Escola Cidadã; v, 5).

GALVÃO, Ana Maria de O. Cordel: leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. 239 p.

GARCIA, Pedro B. Saber popular e Educação Popular. Cadernos de Educação Popular. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1983. 76 p.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 197 p.

KEMMIS, S .; MCTAGGART, R. O pesquisador em ação. Geelong: Deakin University Press, 1990. 123 p.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez ,1998. 356 p.

MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012. 168 p.

MATÊNCIO, M.de. Leitura e produção de textos e a escola. Campinas. S.P: Loyola. 2005. 154 p.

MARX, K. Cultura, arte e literatura: textos escolhidos. São Paulo: Expressão Popular, 2010. 245 p.

PAIVA, V. Educação popular e educação de adultos: contribuição à história da educação brasileira. São Paulo: Loyola, 2006.

ROJO, R. Letramento escolar, oralidade e escrita em sala de aula: Diferentes modalidades ou gêneros do discurso? In: I. Signorini (org.) Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento, pp. 51-74. Campinas: Mercado de Letras. 2006.

SAVIANI, D. Pedagogia Historio-crítica. Campinas, São Paulo : Atores associados 2003. 137 p.

SEBILLOT, P. Littérature orale de la Haute-bretagne. J. MaisonNNueve, Libraire Edutheur. 1981. 321 p.

SOUSA, G. dos S. Literatura de Cordel e Educação de Jovens e Adultos: a cultura popular na perspectiva de valorização dos saberes dos educandos. Dissertação de Mestrado. 2019. 163p. Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. 2019.

TFOUNI, L. Letramento e alfabetização. São Paulo, Cortez,1995. 103 p.

VALE, Ana Maria. Educação Popular na Escola Pública. 4ª Ed. São Paulo, Cortez, 2001. 111 p.

VIGOTSKY, L. S. A Formação Social da mente. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 140 p.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade. Tradução de Leônidas H. B. Hegenberg, Octany Silveira da Mota e Anísio Teixeira. São Paulo: Editora Nacional, 1993. 345 p.

ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. Trad. de Jerusa Pires Ferreira [et al.]. São Paulo: Hucitec, 1997. 118 p.
Publicado
30-12-2019
Como Citar
SOUSA, G.; DOS SANTOS, A. LITERATURA DE CORDEL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. RTPS - Revista Trabalho, Política e Sociedade, v. 4, n. 7, p. p. 79-98, 30 dez. 2019.