A AGENDA AGROECOLÓGICA DO MST E SUAS ESCOLAS DE AGROECOLOGIA
para além do Ensino Médio integrado da escola estatal?
Resumo
O artigo apresenta a entrada da questão ambiental na agenda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e como esta levou ao surgimento das suas escolas de agroecologia. Para isso, iniciamos o artigo retomando rapidamente o debate da produção destrutiva desencadeada pelas grandes corporações transnacionais e os impactos da chamada “revolução verde”. Em seguida apresentamos os pilares das escolas de agroecologia do MST e os tempos educativos das mesmas, a partir do exemplo de uma escola do MST no Paraná. É possível observar nestas a educação para a transformação social, a auto-organização dos alunos, a relação entre teoria e trabalho emancipado, a denúncia sistematizada da “revolução verde”, a teorização científica da agroecologia e a formação “técnica” em agroecologia.
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