TRABALHO, HOMINIZAÇÃO E EDUCAÇÃO NA PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL DO HOMEM
Resumo
O ensaio traz a discussão do trabalho como processo constante de hominização e o acúmulo de conhecimento realizado no devir histórico do homem por meio da educação, cuja materialidade é a (re)produção da vida material do homem. O ato de comer, beber, vestir-se e morar, uma premissa básica da vida humana, é um ato histórico realizado pelo homem no seu cotidiano, mas dentro das condições materiais de sua existência. O objetivo é mostrar a natureza do trabalho no processo de hominização e a educação que gravita em torno do mesmo, como essência do homem real. Para esse fim, leituras de autores materialistas são fundamentais para a compreensão da existência do homem como ser “natural” do trabalho. Desse modo, observa-se que o fenômeno de hominização é um processo vinculado ao acúmulo de conhecimento realizado pelo homem no seu vir a ser, cujos objetos são construídos historicamente na relação social mediatizada pelo trabalho, o que permite afirmar que o processo de hominização passa pela materialidade do trabalho na produção da vida social do homem.
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