ESCOLA DO CAMPO E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE

Palavras-chave: Escola do Campo, Reestruturação do Capital, Síndrome de Burnout, Precarização do trabalho, Trabalho Docente

Resumo

A pesquisa de abordagem qualitativa objetivou analisar como a precarização do trabalho atinge os professores do campo. Entende-se por precarização diversas formas de mal-estar, decorrentes de pressões estruturais que as exigências do capital impõem ao trabalhador, afetando a qualidade do trabalho. Como procedimentos metodológicos realizaram-se pesquisa de campo, observação e entrevista com 18 docentes. Os dados apontam que baixos salários, qualidade da moradia, desinteresse dos alunos e infraestrutura das escolas são fatores que precarizam o trabalho do professor. O discurso dos entrevistados é ambíguo: reconhecem a precariedade do trabalho e ainda assim estão satisfeitos.

Biografia do Autor

Aline Rafaela de Vasconcelos Siade, Universidade do Oeste do Pará (UFOPA), Brasil

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). É membro do Grupo de Pesquisa FORMAZOM.

Solange Helena Ximenes-Rocha, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Atua como Professora Associada da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), onde integra o quadro docente de cursos de graduação e do Programa de Pós-Graduação em Educação. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação do campo, formação de professores, práticas educativas, desenvolvimento profissional docente, estágio supervisionado, metodologia de ensino e aprendizagem da docência.

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Publicado
30-06-2018
Como Citar
SIADE, A.; XIMENES-ROCHA, S. ESCOLA DO CAMPO E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE. RTPS - Revista Trabalho, Política e Sociedade, v. 3, n. 4, p. p. 107-124, 30 jun. 2018.