A IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA UFAC: CONFLUÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS

  • Mark Clark Assen de Carvalho
  • Ednaceli Abreu Damasceno
  • Lúcia de Fátima Melo
Palavras-chave: Diretrizes Curriculares, Formação de Professores, Reformulação dos Cursos de Licenciaturas

Resumo

Este artigo aborda os embates institucionais e as disputas concorrenciais no campo da formação de professores, travadas na Universidade Federal do Acre (UFAC), destacando o movimento que toma corpo e lastro com a aprovação da Resolução CNE/CP de 2 de julho de 2015, ou seja, a materialização das Diretrizes da Resolução nº 02/2015 e como elas se expressam e se corporificam no contexto institucional. O estudo estrutura-se em torno de uma revisão de literatura com base nas análises de Dourado (2015); Gatti (2017); Freitas (2019), bem como de pesquisa documental que incorpora resoluções, documentos e orientações internas da UFAC. Resultam dessa discussão: o reconhecimento das sucessivas postergações dos prazos para a implementação da Resolução CNE/CP 02/2015; a ideia de que as diretrizes apontam para o reconhecimento da identidade própria de um curso de formação de professores, embora sua implementação, de fato, nos cursos de licenciaturas, ainda careça, em termos práticos, de uma maior articulação entre instituição formadora e as instituições de educação básica; a compreensão de que a definição de uma política institucional de formação de professores deve estar atrelada a um plano nacional de valorização dos profissionais da educação; e, por fim, a percepção de que, no processo de implementação das Diretrizes no âmbito interno da UFAC, houve divergências e confluências entre o que foi pensado, concebido e materializado em termos de desenhos e formatos curriculares dos projetos pedagógicos dos cursos. Conclui-se que documentos são importantes, mas, em si, não são suficientes, pois dependem de ações que permitam, na passagem do contexto de formulação do documento ao contexto da prática, que as instâncias implementadoras exerçam papel fundamental, inclusive, por meio dos sujeitos formadores, os docentes que, apesar dos embates nos campos e territórios curriculares, devem reconhecer e compreender a importância da constante atualização e problematização da formação de professores.

Publicado
19-12-2019