CRIANÇAS, TERREIROS, MÁSCARAS E INVISIBILIDADES: NARRATIVAS DE UM CANDOMBLÉ BANTU EM REDES EDUCATIVAS

  • Marcos Serra

Resumo

Em 1937, o pesquisador Edison Carneiro nos apresentou seus estudos sobre os candomblés Bantu. O etnógrafo apontou a dificuldade de não se ter um método para seguir a localização dos negros bantu em território brasileiro, na diáspora (1937, p. 17). Dificuldade também encontrada por Harris (2010), ao tentar identificar o fluxo de negros africanos na Ibéria, mais precisamente na Europa. Como não nos deteremos às precisões historiográficas, propomos, ao invés disso, refletir sobre a vinda e permanência desses povos da África austral para o Brasil. Mais do que isso, nossa tentativa é perceber, a partir da diáspora africana, a experiência comunitária do terreiro de candomblé, a manutenção das culturas Kongo-Ngola e suas aprendizagens, dando ênfase ao aprender/ensinar de crianças e adolescentes dessa importante tradição cultural de matriz africana. Paralelo a isso, em consonância ao artigo 26-A da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que determina aos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, a tornar-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena; dialogaremos com o § 2º da referida lei, que destaca esse conteúdo a ser ministrado em todo currículo escolar e, em especial, no ensino artes.

Publicado
28-11-2019