A RELAÇÃO TRABALHO-EDUCAÇÃO NA POLÍTICA SOCIOEDUCATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Resumo
Neste texto, recorre-se aos conceitos de configuração social, socialização, trajetória e identidade para entender a relação trabalho-educação em espaços que privam e restringem a liberdade juvenil a partir daqueles que ensinam um ofício. Busca-se compreender não apenas as identidades profissionais daqueles que lidam com a educação profissional no sistema socioeducativo, mas também os sentidos de suas ações pedagógicas. Utilizou-se como recurso metodológico a pesquisa documental e bibliográfica. Ao refletir sobre a inter-relação entre trabalho e educação, verifica-se a necessidade de uma formação não apenas voltada para a socialização e para o trabalho, mas, sobretudo, para a humanidade e a emancipação do indivíduo.
Referências
ARROYO, Miguel G. Passageiros da noite: do trabalho para a EJA: itinerários pelo direito a uma vida justa. Petrópolis: RJ: Vozes, 2017. 294 p.
AUTOR X. Título X. Ano X. Número de folhas X. Programa X. Universidade X. Local X. Ano X.
BOURDIEU. Pierre. A ilusão biográfica. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro. FGV, 2006. p. 183-191.
BOURDIEU, Pierre; CHARTIER, Roger. Estruturas e indivíduo. In: BOURDIEU, Pierre; CHARTIER, Roger. O sociólogo e o historiador. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. p. 45-134.
BRASIL. Código de Menores. Lei Federal nº 6.697, de 10 de outubro de 1979. Brasília, 1979.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069/90, de 13 de julho de 1990. Brasília, 1990.
BRASIL. Estatuto da Juventude. Lei Federal nº 12.852, de 05 de agosto de 2013. Brasília, 2013.
BRASIL. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Brasília, SEDH/CONANDA, 2006.
CERUTTI, Simona. Processo e experiência: indivíduos, grupos e identidades em Turim no século XVII. In: Jogos de Escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998. p. 173-201.
CHAVES, Miriam Waidenfeld. História da educação escolar e Sociologia: uma relação promissora. Educação em Revista, Belo Horizonte, vol. 30, n. 2, abril-junho, 2014. p. 95-116.
COSTA. Antônio Carlos Gomes da. Socioeducação: Estrutura e Funcionamento da Comunidade Educativa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2006. 156 p.
DE MAEYER, Marc. Educação na prisão não é mera atividade. Revista Educação & Realidade. Porto Alegre. Educação em Prisões, v. 38, n. 1, jan./mar, 2013. p. 33-49.
DUARTE, Rosália. Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar em Revista. Curitiba. n. 24. 2004. p. 213-225.
DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. Tradução de Annette Pierrette R. Botelho e Estela Pinto Ribeiro Lamas. Porto: Porto Editora, 1997. 240 p.
ELIAS, Norbert. O conceito de configuração. In: ELIAS, Norbert. Introdução à sociologia. Lisboa: Edições 70, 1980, p. 140-145.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994. 201 p.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. Educar o trabalhador cidadão produtivo ou o ser humano emancipado? Trabalho, Educação e Saúde, vol. 1, n.1, 2003, p. 45-60.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Contexto e sentido ontológico, epistemológico e político da inversão da relação educação e trabalho para trabalho e educação. Revista Contemporânea de Educação, vol. 10, n. 20, julho/dezembro, 2015, p. 228-248.
GOFFMAN, Erving. Manicômios prisões e conventos. Tradução de Dante Moreira Leite. 9 ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. p. 312.
GUIMARÃES. Cátia Corrêa. Entrevista: José Paulo Netto. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, vol.9, n.2. jul./out. 2011, p. 333-340.
JULIÃO, Elionaldo F. Política de execução penal no Brasil: questões, avanços e perspectivas. In: JULIÃO, Elionaldo F. & SANTA RITA, Rosângela Peixoto. Privação de Liberdade: desafios para a política de Direitos Humanos. Jundiaí: Paco Editorial, 2014. p. 11-39.
LONDOÑO, Fernando Torres. A origem do Conceito Menor. In: DEL PRIORE. História da Criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1998. p. 129-145.
LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social II. São Paulo: Boitempo, 2013. 856 p.
REVEL, Jacques. Microanálise e construção do social. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1998. p. 15-38.
RIO DE JANEIRO (Estado). Decreto 42.715 de 23 de novembro de 2010. Plano de Atendimento Socioeducativo do Governo do Estado do Rio de Janeiro – PASE/DEGASE. D. O. do Estado do Rio de Janeiro. Parte I; Poder Executivo Ano XXXVI; Nº 213 de 24 de novembro de 2010. p. 1-10.
RIO DE JANEIRO (Estado). Plano Político Institucional – PPI/DEGASE. Departamento Geral de Ações Socioeducativas, Rio de Janeiro, 2012. p. 368-383.
RIO DE JANEIRO (Estado). Projeto Político Pedagógico – CECAP (Centro de Capacitação Profissional). Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE), 2015. p. 1-25.
RIZZINI, Irene; PILOTTI, Francisco. A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2011.
SOUZA, José dos Santos. A formação do trabalhador no contexto da reconfiguração do trabalho, da produção e dos mecanismos de mediação do conflito de classe. Revista Contemporânea de Educação, vol. 10, n. 20, julho/dezembro, 2015. p. 273-290.
VELHO, Gilberto. Trajetória individual e campo de possibilidades. In: VELHO, Gilberto. Projeto e Metamorfose. Antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2003. p. 31-48.
DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
Ao submeterem originais à RTPS, o(a) autor(a) ou autores manifestam concordância com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à RTPS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).