A EXPERIÊNCIA DO PRIMEIRO CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM DANÇA NO BRASIL
Resumo
O artigo analisa o panorama da profissionalização da dança no Brasil, tomando como referência empírica o processo de implantação e desenvolvimento do Curso Técnico Integrado em Dança da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch (ETEAB). O foco da análise são as especificidades de um curso técnico de dança integrado ao Ensino Médio da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro. A partir de depoimentos de professores e fontes primárias, a análise aponta que o Curso Técnico em Dança da ETEAB incorpora a dimensão intelectual ao trabalho produtivo, pois, além do técnico em dança, busca formar trabalhadores cidadãos, concebidos como sujeitos históricos capazes de transformar sua realidade social, tomando o trabalho como princípio educativo. Apesar de algumas dificuldades percebidas no desenvolvimento do Curso, a análise conclui que a formação oferecida é diferenciada devido aos avanços na integração entre formação profissional e formação geral básica.
Referências
BALLET DALAL ACHCAR. Centro de Arte e Cultura – Ballet Dalal Achcar. Disponível em:
CIAVATTA, Maria. Formação integrada caminhos para a construção de uma escola para os que vivem do trabalho. [S.l]. [2011?]. Disponível em:
CIAVATTA, Maria; RUMMERT, Sonia. As implicações políticas e pedagógicas do currículo na educação de jovens e adultos integrada à formação profissional. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 111, p. 461-480, abr.-jun. 2010. Disponível em
COLI, Juliana Marília. Vissi d’arte por amor a uma profissão: um estudo sobre a profissão do cantor no teatro lírico. São Paulo: Annablume, 2006. 300 p.
ESCOLA E FACULDADE DE DANÇA ANGEL VIANNA. Escola Técnica. [Rio de Janeiro]. Disponível em:
ESCOLA ESTADUAL DE DANÇA MARIA OLENEWA (EEDMO). História. [Rio de Janeiro]. Disponível em:
ESCOLA DE DANÇA PETITE DANSE. Curso de Formação Profissional. [Rio de Janeiro]. Disponível em:
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ADOLPHO BLOCH (ETEAB). Plano de Curso – Técnico em Dança. [Rio de Janeiro]. [Mimeo]. 2013.
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ADOLPHO BLOCH (ETEAB). Projeto Político Pedagógico. [Rio de Janeiro]. [Mimeo]. 2004.
FAETEC. Novo curso técnico de dança com matriz curricular integrada na ETE Adolpho Bloch. [Rio de Janeiro]. Disponível em:
FEITOSA, Teresinha de Sousa. As “reformas” do ensino profissionalizante de 1996 a 2006 na Escola Agrotécnica Federal de Crato Ceará: acomodação à legislação ou consciência da prática? (Dissertação) Mestrado em Educação Agrícola – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2010. 89 f.
FERREIRA, Ângela. Curso Profissional de Nível Técnico em Dança – o que eles formam? In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. A gênese do Decreto n, 5.154/2004: um debate no contexto controverso da democracia restrita. IN: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. Ensino Médio Integrado: concepção e contradições. FRIGOTTO, Gaudêncio (org.). São Paulo: Cortez, 2005. P. 21-56.
LEAL, Leila. Educação Profissional e Ensino Médio Integrado no Brasil: um balanço das conquistas e reivindicações. Poli: Saúde, Educação e Trabalho, Ano III – nº 15, Rio de Janeiro, p. 4-11, 2011.
MARINHO, Nirvana. Mestres de balé, escolas de bailado: uma realidade política. In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
MARQUES, Isabel. Dança-educação ou dança e educação? Dos contatos às relações. In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
NAVAS, Cássia. Centros de formação: o que há para além das academias? In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
NOGUEIRA, Monique Andries. Universidade e formação cultural dos alunos. In: GUIMARÃES, Valter Soares. (org). Formar para o mercado ou para a autonomia? Campinas: Papirus, p. 89-107, 2006.
RAMOS, Marise. Concepção do ensino médio integrado à formação profissional. Seminário sobre Ensino Médio. Superintendência de Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Norte, Natal, agosto de 2007, [mimeo].
REIS, Ronaldo Rosas. Trabalho e conhecimento estético. Trabalho, Educação e Saúde, v. 2 n. 2, p. 227-250. 2004. Disponível em:
SAVIANI, Demerval. O Choque Teórico da Politecnia. Trabalho, Educação e Saúde. Rio de Janeiro, v.1 (1), p. 131-152, 2003.
STRAZZACAPPA, Márcia. Políticas públicas para a Dança: um olhar sobre o ensino de Dança. In: Conhecendo e Reconhecendo a Dança na UFRJ – Anais do Seminário Interno do Departamento de Arte Corporal da Escola de Educação Física e Desportos, 5. Rio de Janeiro, 2 a 11 de dezembro de 2008. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.
TERRA, Ana. Onde se produz o artista da dança? In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
VEJA RIO. O ninho dos cisnes. Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2013. Cotidiano. Disponível em:
VILELA, Lilian Feitas. Alunos egressos dos cursos de graduação em dança: onde eles estão agora? In: TOMAZZONI, Airton; WOSNIAK, Cristiane; MARINHO, Nirvana (Org.). Algumas perguntas sobre dança e educação. Joinville: Nova Letra, 2010.
DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
Ao submeterem originais à RTPS, o(a) autor(a) ou autores manifestam concordância com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à RTPS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).