O PRINCÍPIO DE BREVIDADE E A ATUAÇÃO PROFISSIONAL FRENTE AO TEMPO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

Palavras-chave: Socioeducação, Princípio de Breveidade, Adolescente

Resumo

Este artigo é resultado de pesquisa desenvolvida com socioeducadores de um Centro de execução de Medida de Internação localizado na cidade de São Paulo. Investigou-se a compreensão desses profissionais acerca da efetividade do Princípio de brevidade na condução dos casos dos adolescentes internados na instituição. Utilizou-se como método a pesquisa qualitativa, fazendo uso de questionário semi-estruturado e de diálogos estabelecidos com os socioeducadores. Como parte dos resultados, constatou-se que o tempo da Medida Socioeducativa de Internação é considerado uma importante variável e utilizada como método de intervenção por supostamente provocar mudanças no adolescente a despeito das demais intervenções técnicas e pedagógicas.

Biografia do Autor

Cristiano Rodineli de Almeida, Funcação CASA, Brasil

Mestre em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atua como psicólogo na Fundação CASA. É membro do corpo editorial da Pathos: Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia.

Sidelmar Alves da Silva Kunz, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)

Doutorando em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Atua como Pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e integra o quadro docente do Curspo de Especialização em Ensino Interdisciplinar em Infância e Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e orienta monografias no Curso de Especialização em Políticas Públicas e Socioeducação da Escola Nacional de Socioeducação (ENS/UnB).

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Publicado
01-10-2019
Como Citar
ALMEIDA, C.; KUNZ, S. O PRINCÍPIO DE BREVIDADE E A ATUAÇÃO PROFISSIONAL FRENTE AO TEMPO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE. RTPS - Revista Trabalho, Política e Sociedade, v. 3, n. 05, p. p. 275-303, 1 out. 2019.