MATAR A TRIBO PARA FAZER NASCER A NAÇÃO: A (IN)VISIBILIZAÇÃO DA DIFERENÇA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES MOÇAMBICANOS
Resumo
A análise problematiza a lógica essencialista articulada nos discursos que guiam a formação de professores em Moçambique baseada em políticas educacionais que procuram, a todo o tempo, invisibilizar a diferença. A utilização das línguas nativas e outras manifestações culturais nas políticas de formação de professores são rasuradas pela imposição arbitrária do português como língua oficial e exclusiva de ensino, o que gera contestações e exclusões. Sob o slogan matar a tribo para fazer nascer à nação, as várias manifestações culturais se constituíram ameaças aos projetos educacionais e nacionais, o que constitui um ponto de questionamento da perspectiva pós-colonial discutida por Homi Bhabha e apropriada por Elizabeth Macedo. Com esses autores olho para a cultura e currículo, como enunciação da diferença, fato que coloca em xeque às ópticas identitárias na formação de professores. Argumento, nesta óptica, que a formação de professores envolve o descarte de uma perspectiva da identidade.
Autorizo a revista FORMAÇÃO em MOVIMENTO a publicar o artigo que ora submeto, de minha autoria/responsabilidade, caso seja aceito para publicação online.
Declaro, ainda, que esta contribuição é original, que não está sendo submetida a outro periódico nacional ou internacional, em parte ou em sua totalidade, para publicação.
Declaro também que estou ciente que não farei juz a nenhuma remuneração financeira devido a publicação e citações em outros artigos, desde que citada a fonte.
Assino a presente declaração como expressão da verdade.