DA IMAGINAÇÃO BINARÍSTICA AO MATERIALISMO SUBJETIVO:

CHAVES PARA UMA ONTOLOGIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

  • Aldo Ocampo-González Centro de Estudios Latinoamericanos de Educación Inclusiva (CELEI), Santiago de Chile
Palavras-chave: Ontologia, Educação inclusiva, Múltiplas singularidades, Materialismo subjetivo, Decolonização, Reexistência

Resumo

Se partirmos do argumento de que as necessidades educacionais especiais nada têm em comum com a educação inclusiva, especialmente por causa do efeito individualista-essencialista que sustenta suas implicações onto-pragmáticas, podemos documentar que a mudança epistêmica que isso sugere é inerentemente superficial, mesmo, restritiva e trivial na compreensão do ser humano. A operação que apresento neste trabalho pode ser lida em termos de um complexo processo multidimensional atravessado por múltiplas transposições ligadas a cada um dos critérios de legibilidade do ser, é uma tentativa de virar o corpus de figurações legitimadas pela matriz do ser. humanismo clássico. Qualquer argumento nesta direção deve nos fornecer outras performances epistemológicas sobre multiplicidade e ser. Precisamos aprender a falar a linguagem do materialismo subjetivo para construir um diagrama onto-pedagógico adequado às múltiplas singularidades. O método utilizado é a revisão crítica documental. O trabalho conclui observando que o regime ontopolítico da educação inclusiva vai além do pensamento dualista responsável por orquestrar um esquema conceitual que inscreve a diferença em uma posição diferenciada, de natureza especular e negativa. Um atributo deslocador consistirá em assumir uma linha de multiplicidade de ser por meio de uma ontologia de processos.

Publicado
29-04-2022